para todas as outras existe Mastercard…

idade-para-ser-feliz

Existem coisas que o dinheiro não compra! Felicidade e amor? Não, não. Isso aí é muito relativo.

Mas como assim existem coisas que o dinheiro não compra? Não é por que foi pouco não?
Boas perguntas exigem boas respostas. As megacorporações sabem que podem manipular absolutamente tudo, exceto, seus Princípios!

Sim, são eles que te mantém de pé e é por causa deles que sua vida permanece como está.
Princípios regem nossas vidas em todos os aspectos da nossa vida cotidiana, usamos inconscientemente. Costuma-se chamar voz da consciência e é representado muitas vezes por um anjinho e um diabinho lutando pela sua atenção e para manobrar sua vontade, porém, é muito mais do que isso. É uma espécie de dádiva que recebemos de nossos pais para nos protegermos de uma série de perigos e frustações que nos aguardam.
Nos deparamos com situações curiosas durante a vida. Imagine-se reencontrando um antigo colega dos tempos do colegial que simplesmente se torna uma pessoa influente socialmente, com muitas posses e uma família aparentemente muito bem ajustada. Como você se sente sabendo que tudo que conseguiu foi um punhado de amigos que se conta nos dedos, um mínimo patrimônio e uma vida modesta com sua família? Certamente inferiorizado, sentindo-se um fracassado, porém, de uma coisa você sabe. Você não abandonou seus princípios! E isso simplesmente lhe conforta.

O porquê desse conforto em meio a sua vida aparentemente medíocre? Sua consciência limpa. Seu deitar e logo repousar no travesseiro, a certeza de uma vida de carências, porém, de Virtudes (com V maiúsculo).

Os princípios são como a água limpa que conserva sua pureza mesmo em meio a rochedos e arbustos e o tempo não a corrompe. Somente a ação do homem corrompe a água pura, somente.

Princípios, tá aí uma coisa que o dinheiro não compra! Para todas as outras existe Mastercard…

A República do Pinóquio

Após um longo hiato, fatos recentes me dão motivação para escrever novamente. E definitivamente não são bons motivos!

wilson-pinóquio.guilhermedemaio.com.br

Sintam-se a vontade para viver na República do Pinóquio. Para quem não conhece darei uma breve introdução. Nessa república temos direitos e deveres, direito de nos expressar livremente, desde que não se toque nas questões polêmicas da nação (pense diferente dos movimentos populares e serás o novo “judas”) e o dever de acreditar em um futuro melhor para o país (como se um futuro melhor não devesse ser construído no momento presente por cada cidadão). Nessa república decisões são adiadas, e adiadas, e adiadas até que o povo se encante com mais uma incrível apresentação da não menos impressionante seleção pinoquiense, na qual, uma meia dúzia de escrotos lançam moda com cabelinhos e tendências para meninos e meninas…

Sendo uma república democrática como a quase totalidade dos países de seu tempo (ai de quem não for!) esta é uma nação cujos presidentes são eleitos de forma democrática e popular, pelo menos é o que disseram ontem no jornal de uma TV local, cujos dados, altamente fidedignos, foram obtidos por uma instituição ligada ao governo que espiona a vida dos cidadãos de 10 em 10 anos.
É nessa república que quero criar meus filhos, com muita paz e tranquilidade, afinal de contas vivo livre de pressões já que o sistema judicial de meu país é incrivelmente capaz (capaz de tomar decisões infantis até pra um garoto de 10 anos). Vivo tranquilo pois o governo não me deixa passar fome, nem necessidades pois sou um cidadão e mereço respeito (sem comentários)!
Mas não vou negar que algumas pequenas coisas precisam ser ajustadas, os alimentos sobem de preço e isso não é bom para pessoas de baixa renda (como assim, não acabou a miséria?), mas nada que o governo não dê jeito.
Imagina que andam nos espionando por aí afora! (grande novidade) Muita inveja de nossa vida boa, farta e livre de impostos, sim, pois, graças ao nosso último presidente os impostos são cobrados apenas dos (quase) ricos de meu país, aqueles que acordam cedo pra trabalhar, vestem aquelas roupas e esperam o 13º para poder fechar as contas do ano e poder ir num rodízio de carne com a esposa. Que vida dura a deles, coitados, nem sabem como é fácil sobreviver as custas de projetos e programas que eu nem sei pra que sirvo mas me beneficiam.
Ah, quase ia me esquecendo não é preciso ter nariz grande para viver na república, apenas um bom “networking” e muuuita cara-de-pau. Com isso você pode escapar de qualquer autoridade por aqui!
Vou acabando o texto por que parece que cortaram minha internet por falta de pagamento. Como assim? Se paguei quase um terço do meu salário por uma velocidade que nunca recebi. É, precisamos ajustar alguns detalhes para não fazer feio na copa.
Mais uma vez sejam bem vindos e quando vierem avisem para que possa fazer um tour com vocês, vocês vão adorar o que nós temos de melhor para oferecer.
Abraços,
Cidadão Pinoquiense

Amigos, amigos, “sacrifícios” a parte…

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Sacrifício, palavra feia não? Por que então, postar sobre um tema tão desagradável? A resposta é simples, é nele que nos encontramos com nós mesmos, é com ele que temos recompensas legítimas e é nos sacrificando que atingimos uma felicidade plena.

Em nossos tempos nos deparamos com dificuldades diariamente, precisamos abdicar, renunciar, sacrificar certas coisas em prol de outras. Por exemplo, sacrificamos nossa saúde trabalhando para receber recompensas financeiras, sacrificamos nosso tempo livre para buscar algo a mais em nossa carreira como status ou fama, sacrificamos nossa família e nossos relacionamentos para que possamos crescer e desenvolver nossa independência.

O interessante do sacrifício é que ele nos ensina a dar valor a tudo que temos e a zelar pela segurança. Aliás essa última está intimamente ligada ao sacrifício. Todo o sacrifício que a maioria das pessoas fazem é na verdade para que se sintam seguras em torno de algo. O sacrifício é na verdade uma inestimável fonte de ensinamentos e progressos. Mesmo sendo doloroso, mesmo sendo rejeitado, o sacrifício permanece em nossas vidas, por quê? Porque faz parte dela, assim como a felicidade e os momentos bons pelos quais passamos.

Nossa sociedade, regrada pelo capital, transformou-se numa neurose por segurança e afeto jamais vista. Sacrificamo-nos vivendo como bichos a fim de que permaneçamos seguros e amados.
Nada pode fugir ao nosso controle, caso contrário, nos desconhecemos perante situações que alguma mudança seja feita implicando em insegurança (o que é natural em mudanças).
As pessoas sofrem ainda mais por não entenderem o valor que o sacrifício tem na vida de cada um, esperneiam, gritam, fazem biquinho, contanto que não precisem se sacrificar. A verdade é que uma vida sem sacrifícios não merece ser vivida, pois o sacrifício é o que molda o ser humano e o torna ilimitado.

 

Manifesto Caranguejos com Cérebros

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Mangue, o conceito

Estuário. Parte terminal de rio ou lagoa. Porção de rio com água salobra. Em suas margens se encontram os manguezais, comunidades de plantas tropicais ou subtropicais inundadas pelos movimentos das marés. Pela troca de matéria orgânica entre a água doce e a água salgada, os mangues estão entre os ecossistemas mais produtivos do mundo.

Estima-se que duas mil espécies de microorganismos e animais vertebrados e invertebrados estejam associados à vegetação do mangue. Os estuários fornecem áreas de desova e criação para dois terços da produção anual de pescados do mundo inteiro. Pelo menos oitenta espécies comercialmente importantes dependem do alagadiço costeiro.

Não é por acaso que os mangues são considerados um elo básico da cadeia alimentar marinha. Apesar das muriçocas, mosquitos e mutucas, inimigos das donas-de-casa, para os cientistas são tidos como símbolos de fertilidade, diversidade e riqueza.

Manguetown, a cidade

A planície costeira onde a cidade do Recife foi fundada é cortada por seis rios. Após a expulsão dos holandeses, no século XVII, a (ex)cidade *maurícia* passou desordenadamente às custas do aterramento indiscriminado e da destruição de seus manguezais.

Em contrapartida, o desvairio irresistível de uma cínica noção de *progresso*, que elevou a cidade ao posto de *metrópole* do Nordeste, não tardou a revelar sua fragilidade.

Bastaram pequenas mudanças nos ventos da história, para que os primeiros sinais de esclerose econômica se manifestassem, no início dos anos setenta. Nos últimos trinta anos, a síndrome da estagnação, aliada a permanência do mito da *metrópole* só tem levado ao agravamento acelerado do quadro de miséria e caos urbano.

Mangue, a cena

Emergência! Um choque rápido ou o Recife morre de infarto! Não é preciso ser médico para saber que a maneira mais simples de parar o coração de um sujeito é obstruindo as suas veias. O modo mais rápido, também, de infartar e esvaziar a alma de uma cidade como o Recife é matar os seus rios e aterrar os seus estuários. O que fazer para não afundar na depressão crônica que paralisa os cidadãos? Como devolver o ânimo, deslobotomizar e recarregar as baterias da cidade? Simples! Basta injetar um pouco de energia na lama e estimular o que ainda resta de fertilidade nas veias do Recife.

Em meados de 91, começou a ser gerado e articulado em vários pontos da cidade um núcleo de pesquisa e produção de idéias pop. O objetivo era engendrar um *circuito energético*, capaz de conectar as boas vibrações dos mangues com a rede mundial de circulação de conceitos pop. Imagem símbolo: uma antena parabólica enfiada na lama.

Hoje, Os mangueboys e manguegirls são indivíduos interessados em hip-hop, colapso da modernidade, Caos, ataques de predadores marítimos (principalmente tubarões), moda, Jackson do Pandeiro, Josué de Castro, rádio, sexo não-virtual, sabotagem, música de rua, conflitos étnicos, midiotia, Malcom Maclaren, Os Simpsons e todos os avanços da química aplicados no terreno da alteração e expansão da consciência.

Bastaram poucos anos para os produtos da fábrica mangue invadirem o Recife e começarem a se espalhar pelos quatro cantos do mundo. A descarga inicial de energia gerou uma cena musical com mais de cem bandas. No rastro dela, surgiram programas de rádio, desfiles de moda, vídeo clipes, filmes e muito mais. Pouco a pouco, as artérias vão sendo desbloqueadas e o sangue volta a circular pelas veias da Manguetown.

 

Por Fred Zero Quatro – Mundo Livre SA e 

Chico Science e Nação Zumbi.

Quem precisa de ordem?

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Essa semana ouvindo música boa diretamente de Recife, encontrei a seguinte pérola na voz de Fred Zero Quatro e o Mundo Livre S/A numa interessantissima fábula contada por Rubem Alves.
Segue a narrativa:

 

“Tudo aconteceu numa terra distante, no tempo em que os bichos falavam… Os urubus, aves por natureza becadas, mas sem grandes dotes para o canto, decidiram que, mesmo contra a natureza eles haveriam de se tornar grandes cantores. E para isto fundaram escolas e importaram professores, gargarejaram dó-ré-mi-fá, mandaram imprimir diplomas, e fizeram competições entre si, para ver quais deles seriam os mais importantes e teriam a permissão para mandar nos outros. Foi assim que eles organizaram concursos e se deram nomes pomposos, e o sonho de cada urubuzinho, instrutor em início de carreira, era se tornar um respeitável urubu titular, a quem todos chamam de Vossa Excelência. Tudo ia muito bem até que a doce tranqüilidade da hierarquia dos urubus foi estremecida. A floresta foi invadida por bandos de pintassilgos tagarelas, que brincavam com os canários e faziam serenatas para os sabiás… Os velhos urubus entortaram o bico, o rancor encrespou a testa , e eles convocaram pintassilgos, sabiás e canários para um inquérito.

— Onde estão os documentos dos seus concursos? E as pobres aves se olharam perplexas, porque nunca haviam imaginado que tais coisas houvessem. Não haviam passado por escolas de canto, porque o canto nascera com elas. E nunca apresentaram um diploma para provar que sabiam cantar, mas cantavam simplesmente…

— Não, assim não pode ser. Cantar sem a titulação devida é um desrespeito à ordem.

E os urubus, em uníssono, expulsaram da floresta os passarinhos que cantavam sem alvarás…

MORAL: Em terra de urubus diplomados não se houve canto de sabiá.”

 

 

 

 

O texto acima foi extraído do livro “Estórias de quem gosta de ensinar — O fim dos Vestibulares”, editora Ars Poetica — São Paulo, 1995, pág. 81.

 

…Nada a acrescentar…”

O mundo fala Português “Brasileiro”.

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E de repente o mundo fala o português tipicamente brasileiro, com seus sotaques, gírias, chavões e particularidades específicas. Incrivel o poder do dinheiro não?
Nossos queridos descobridores lusitanos já foram uma das maiores potências economicas mundiais, mas, perderam seu reinado e hoje o mundo passa a coroa para os falantes do “Tupi”.

Como não recebê-los de braços abertos? Se essa é uma de nossas especialidades. Somos um povo receptivo, tipicamente latino e de grande diversidade cultural.
Além disso somos também corruptos, falsificadores, imperialistas e capitalistas. Ou seja, temos definitivamente todas as armas necessárias para finalmente fazermos parte das nações que governam o mundo.

Atingimos a maturidade precipitada no que diz respeito aos países ditos “desenvolvidos”. Somos exploradores, hipócritas e intervencionistas. As custas das dividas de países subdesenvolvidos e pelo visto até dos desenvolvidos, o Brasil tem se tornado não mais o país do futuro, e sim, o país do presente. O “sonho brasileiro” se torna realidade.

Altas responsabilidades perante a ONU, Presidências de Mercosul, Unasul, Alcas e eteceteras…
Os brasileiros são vaidosos… gostaram de ser ricos e estão aproveitando seus 15 minutos de fama…
Resta saber se quando nossas fontes de dinheiro se esgotarem, continuaremos sendo respeitados “all over the world” e se o país do “próximo futuro” será benevolente conosco, nos deixando viver em condição semelhantemente aos nossos parceiros do “Velho Mundo” de Ricos em Decadência, enquando se esbaldam na maravilhas de um mundo que abre as portas.

Salve Ary Barroso e seus versos dos bons tempos da república.
“Brasil, meu Brasil brasileiro.
Meu mulato inzoneiro. Vou cantar-te nos meus versos,
O Brasil, samba que dá, Bamboleio, que faz gingar.
O Brasil, do meu amor, Terra de Nosso Senhor.
Brasil! Pra mim! Pra mim, pra mim.

Diretas Já!

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Este texto não se trata necessariamente do tema da manifestação popular intitulada “Diretas Já” ocorrida em 1984, apoiando a emenda que reestabeleceria as eleições diretas para Presidente da República Federativa do Brasil, mas, bem que podemos fazer um paralelo interessante com o movimento.

Na época da ditadura militar, ainda prevalecia no país uma forma dura e tipicamente “militar”(semelhante ao que acontece hoje com a mídia em geral). Era interessante analisar o modo como as pessoas lutavam para serem “diretas”, não interessava mais aos brasileiros a falta da liberdade e da democracia plena.

A moda e as tendências atualmente representam bem o governo militar da época em nosso mundo pós-moderno. São instituições que assim como os militares defendem os interesses da nação, elas defendem seus lucros com unhas e dentes. Usam diversas armas para manipulação da massa de manobra existente em cada parte do mundo. É nesse cenário tipicamente “militar” que as mais diversas marcas, se projetam e ganham a cabeça dos consumidores de forma a definirem seu estilo de vida.

Ora, de que adiantou tanta luta, resistência e torturas por um país livre e democrático se o que vemos são países acorrentados e ditados pelas regras do mercado e seus caprichos?
A mim foi dito que sou cidadão livre e gozo de meus direitos com plenitude, mas pra isso preciso usar Calça de marca, Tênis de marca, Relógio de Marca e claro, Celular de marca de fruta famosa, caso contrário, não pertenço ao século XXI, sou taxado de antiquado, desatualizado e démodé.

Sinto falta de novas figuras como Lula e outros para frear esse chato e monótono tempo de manda-chuvas e pau-mandados. Fala sério, vestir marca pra ser diferente já é meio igual não acham? Os antenados do país já podem se manifestar a favor da não igualdade de marcas, afinal de contas todos possuímos impressão digital única não? Quem sabe esse regime cai…

…Fulguras, ó Brasil, florão da América…

 

 

Sejam bem vindos ao Brazilian Way of Life, em bom português, Modo de Vida Brasileiro.

É nesse mundo de incertezas no mercado econômico e político que um país desponta no horizonte. O antigo país do futebol, do carnaval e do Samba dá a volta por cima e se torna a bola da vez do cenário mundial com seu cheque pré-datado com vencimento para depois da copa de 14, das olimpiadas de 16 e início das explorações do Pré-Sal.

Mais interessante que ver a superação financeira brasileira, é encontrar nos tempos do Brasil Colônia um país oposto ao que vivenciamos atualmente. Enquanto colônias portuguesas viviamos sob o julgo da coroa lusitana, como pobres descendentes de índios e africanos, que nada acrescentavam ao velho mundo além da exploração de suas riquezas.
O fato é que desde que Dom Pedro proclamou nossa sangrenta independência nos desenvolvemos, evoluimos e nos tornamos Estados Unidos do Brasil passando então a República Federativa do Brasil.

Passamos a criticar nossos vizinhos americanos de imperialistas, anti-cristo, Bestas do Apocalipse entre outros adjetivos não tão interessantes… O tempo passou e o pragmatismo instalado no governo nos tornou um país Rico, (quase) desenvolvido e Braço Forte da América do Sul, fazendo frente pelas primeiras vezes ao todo poderoso EUA e “ajudando o velho continente” a salvar suas economias de excessos. Quando numa bela manhã de sol Bolivianos, Paraguaios e outros vizinhos sulamericanos numa atitude impensada (?) resolvem odiar a Pátria amada, Salve, Salve!

“… Fulguras, ó Brasil, florão da América, iluminado ao sol do novo mundo…”

Suponho que esse tal novo mundo seja agora, mas talvez o “Fulguras” precise ser atualizado para “Impera”. Sim, o império do “florão da américa” chegou e preparem-se para ver o Rock ser substituído pelo Samba e o McDonalds pela Tapioca, isso sem falar na Açaí-Cola!
Cuidado, gigante adormercido, sua grandeza pode levá-lo a tropeços perigosos já vividos e historiados por nossos antes odiados vizinhos Americanos, o resultado disso já conhecemos, não?

Amar ou não, eis a questão!

Vivemos dias de sentimentos aflorados. As vezes esse sentimento é platônico, as vezes é correspondido, as vezes é proibido, mas sempre compartilhado. Nada de serenatas, jantares a luz de velas, a palavra de ordem é “compartilhamento de amores”. E é na internet que se encontram as mais diversas formas e expressões do nobre sentimento. Encontramos os mais diversos personagem de filmes românticos, dos bobinhos aos vilões, também os pervertidos, os desesperados, os ciumentos, os rancorosos, cada um com sua forma de amar. Raridade encontrar esse que seja simplesmente discreto em sua forma de amar. A internet é na prática o eros, o agape, o filo.

Nada contra todo esse compartilhamento, faço apenas uma ressalva. Com tantos poetas e poetizas, onde estão os “camões” e os “shakespeares”, da grande rede?
O amor é talvez a mais bela das emoções humanas, está em constante mudança e evolução, mesmo se tratando do mesmo e antigo tema. Sinto falta desses criativos e originais “artistas do amor”, as vezes acho que o compartilhamento deixa o amor preguiçoso. Sim, Preguiçoso! Pensamentos antigos e modernos sobre o amor, mas nada novo! Nem todos tem tempo e coragem para inovar, mas, para aqueles que tem, tenho uma ideia: Reinventem o AMOR! Um sentimento tão bonito, não pode ficar restrito a apenas alguns pensadores e especialistas na linguagem do amor. Todos temos a capacidade de demonstrar o amor de diversas formas, portanto, amem e compartilhem. Talvez seu amor seja exatamente igual ao de seu amigo ou colega, mas suas palavras são diferentes! Portanto, inspirem-se, mudem, reconstruam como quiserem, mas não deixem o nosso querido amor sentar no sofá todos os dias para assistir os mesmos programas, ler os mesmo livros e conversar com as mesmas pessoas, enfim, cair na rotina.
Guilherme Finelon

Um tapinha não dói! (Sobre a lei das palmadas)

Entendo quando as pessoas postam em redes sociais, que no Brasil humoristas são levados a sério e políticos são levados na brincadeira! (caso Rafinha Bastos)
Afinal, onde já se viu tramitar no congresso uma lei dessa? De acordo com a lei os pais ficam proibidos de dar tapinhas para corrigir seus filhos. Sou um sério defensor, não das tapinhas, e sim das famosas “pisas” de cinturão e de sandália. Não tenho vergonha alguma em dizer que levei pisas “homéricas” por ser malcriado.
O problema das correções com palmadas está na hipocrisia e na falta do diálogo! Meus pais sempre usaram o recurso da tapinha, mas sempre acompanhado de um diálogo (e dos grandes) me dizendo porque eu estava errado e porque eu havia apanhado (explicando até a intensidade da força utilizada). No meu caso, era filho de pastor de igreja evangélica, consequentemente tinha que “andar na linha”. Acontece que os pais muitas vezes tem uma vida problemática, seja por traumas de infância, vida sexual ou profissional complicada e muitos outros problemas. Muitas vezes os pais querem corrigir os filhos quando estes apresentam o mesmo comportamento que eles tiveram quando tinham a mesma idade e apenas reproduzem o que seus pais fizeram com eles sem um mínimo de reflexão. Se esses pais refletissem, passariam mais tempo orientando seus filhos a respeito de suas dúvidas e problemas, afinal como diz o ditado, melhor prevenir que remediar. Não quero aqui dizer como educar o filho de ninguém, apenas pretendo argumentar a respeito das conseqüências dessa lei. Os argumentos de quem é a favor da lei até convencem, mas não se engane, as conseqüências dessa mudança de paradigma são as piores possíveis. Imagine o governo acobertando uma criança durante um processo contra seus pais por ter levado um beliscão na frente de seus colegas e se sentir constrangida (não se espante, as crianças de hoje são capazes de tudo!) Pior ainda, um filho pedindo uma indenização milionária por cada pisa recebida de seus pais. Sinceramente, porque ao invés de manipular a principal instituição da nossa cultura, a família, não se usa esse tempo e dinheiro com psicólogos em escolas que sejam capazes de perceber quando uma criança está realmente sofrendo abusos de autoridade por parte de seus pais. Vendo uma lei dessas me dá até saudade da adrenalina de ver minha mãe gritando meu nome com uma sandália na mão gritando aos quatro ventos: – Peraí que eu lhe pego seu Cabra!!!

– E tem mais Desmanche essa cara feia!

Guilherme Finelon