Este texto não se trata necessariamente do tema da manifestação popular intitulada “Diretas Já” ocorrida em 1984, apoiando a emenda que reestabeleceria as eleições diretas para Presidente da República Federativa do Brasil, mas, bem que podemos fazer um paralelo interessante com o movimento.
Na época da ditadura militar, ainda prevalecia no país uma forma dura e tipicamente “militar”(semelhante ao que acontece hoje com a mídia em geral). Era interessante analisar o modo como as pessoas lutavam para serem “diretas”, não interessava mais aos brasileiros a falta da liberdade e da democracia plena.
A moda e as tendências atualmente representam bem o governo militar da época em nosso mundo pós-moderno. São instituições que assim como os militares defendem os interesses da nação, elas defendem seus lucros com unhas e dentes. Usam diversas armas para manipulação da massa de manobra existente em cada parte do mundo. É nesse cenário tipicamente “militar” que as mais diversas marcas, se projetam e ganham a cabeça dos consumidores de forma a definirem seu estilo de vida.
Ora, de que adiantou tanta luta, resistência e torturas por um país livre e democrático se o que vemos são países acorrentados e ditados pelas regras do mercado e seus caprichos?
A mim foi dito que sou cidadão livre e gozo de meus direitos com plenitude, mas pra isso preciso usar Calça de marca, Tênis de marca, Relógio de Marca e claro, Celular de marca de fruta famosa, caso contrário, não pertenço ao século XXI, sou taxado de antiquado, desatualizado e démodé.
Sinto falta de novas figuras como Lula e outros para frear esse chato e monótono tempo de manda-chuvas e pau-mandados. Fala sério, vestir marca pra ser diferente já é meio igual não acham? Os antenados do país já podem se manifestar a favor da não igualdade de marcas, afinal de contas todos possuímos impressão digital única não? Quem sabe esse regime cai…