Diretas Já!

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Este texto não se trata necessariamente do tema da manifestação popular intitulada “Diretas Já” ocorrida em 1984, apoiando a emenda que reestabeleceria as eleições diretas para Presidente da República Federativa do Brasil, mas, bem que podemos fazer um paralelo interessante com o movimento.

Na época da ditadura militar, ainda prevalecia no país uma forma dura e tipicamente “militar”(semelhante ao que acontece hoje com a mídia em geral). Era interessante analisar o modo como as pessoas lutavam para serem “diretas”, não interessava mais aos brasileiros a falta da liberdade e da democracia plena.

A moda e as tendências atualmente representam bem o governo militar da época em nosso mundo pós-moderno. São instituições que assim como os militares defendem os interesses da nação, elas defendem seus lucros com unhas e dentes. Usam diversas armas para manipulação da massa de manobra existente em cada parte do mundo. É nesse cenário tipicamente “militar” que as mais diversas marcas, se projetam e ganham a cabeça dos consumidores de forma a definirem seu estilo de vida.

Ora, de que adiantou tanta luta, resistência e torturas por um país livre e democrático se o que vemos são países acorrentados e ditados pelas regras do mercado e seus caprichos?
A mim foi dito que sou cidadão livre e gozo de meus direitos com plenitude, mas pra isso preciso usar Calça de marca, Tênis de marca, Relógio de Marca e claro, Celular de marca de fruta famosa, caso contrário, não pertenço ao século XXI, sou taxado de antiquado, desatualizado e démodé.

Sinto falta de novas figuras como Lula e outros para frear esse chato e monótono tempo de manda-chuvas e pau-mandados. Fala sério, vestir marca pra ser diferente já é meio igual não acham? Os antenados do país já podem se manifestar a favor da não igualdade de marcas, afinal de contas todos possuímos impressão digital única não? Quem sabe esse regime cai…

…Fulguras, ó Brasil, florão da América…

 

 

Sejam bem vindos ao Brazilian Way of Life, em bom português, Modo de Vida Brasileiro.

É nesse mundo de incertezas no mercado econômico e político que um país desponta no horizonte. O antigo país do futebol, do carnaval e do Samba dá a volta por cima e se torna a bola da vez do cenário mundial com seu cheque pré-datado com vencimento para depois da copa de 14, das olimpiadas de 16 e início das explorações do Pré-Sal.

Mais interessante que ver a superação financeira brasileira, é encontrar nos tempos do Brasil Colônia um país oposto ao que vivenciamos atualmente. Enquanto colônias portuguesas viviamos sob o julgo da coroa lusitana, como pobres descendentes de índios e africanos, que nada acrescentavam ao velho mundo além da exploração de suas riquezas.
O fato é que desde que Dom Pedro proclamou nossa sangrenta independência nos desenvolvemos, evoluimos e nos tornamos Estados Unidos do Brasil passando então a República Federativa do Brasil.

Passamos a criticar nossos vizinhos americanos de imperialistas, anti-cristo, Bestas do Apocalipse entre outros adjetivos não tão interessantes… O tempo passou e o pragmatismo instalado no governo nos tornou um país Rico, (quase) desenvolvido e Braço Forte da América do Sul, fazendo frente pelas primeiras vezes ao todo poderoso EUA e “ajudando o velho continente” a salvar suas economias de excessos. Quando numa bela manhã de sol Bolivianos, Paraguaios e outros vizinhos sulamericanos numa atitude impensada (?) resolvem odiar a Pátria amada, Salve, Salve!

“… Fulguras, ó Brasil, florão da América, iluminado ao sol do novo mundo…”

Suponho que esse tal novo mundo seja agora, mas talvez o “Fulguras” precise ser atualizado para “Impera”. Sim, o império do “florão da américa” chegou e preparem-se para ver o Rock ser substituído pelo Samba e o McDonalds pela Tapioca, isso sem falar na Açaí-Cola!
Cuidado, gigante adormercido, sua grandeza pode levá-lo a tropeços perigosos já vividos e historiados por nossos antes odiados vizinhos Americanos, o resultado disso já conhecemos, não?