Amar ou não, eis a questão!

Vivemos dias de sentimentos aflorados. As vezes esse sentimento é platônico, as vezes é correspondido, as vezes é proibido, mas sempre compartilhado. Nada de serenatas, jantares a luz de velas, a palavra de ordem é “compartilhamento de amores”. E é na internet que se encontram as mais diversas formas e expressões do nobre sentimento. Encontramos os mais diversos personagem de filmes românticos, dos bobinhos aos vilões, também os pervertidos, os desesperados, os ciumentos, os rancorosos, cada um com sua forma de amar. Raridade encontrar esse que seja simplesmente discreto em sua forma de amar. A internet é na prática o eros, o agape, o filo.

Nada contra todo esse compartilhamento, faço apenas uma ressalva. Com tantos poetas e poetizas, onde estão os “camões” e os “shakespeares”, da grande rede?
O amor é talvez a mais bela das emoções humanas, está em constante mudança e evolução, mesmo se tratando do mesmo e antigo tema. Sinto falta desses criativos e originais “artistas do amor”, as vezes acho que o compartilhamento deixa o amor preguiçoso. Sim, Preguiçoso! Pensamentos antigos e modernos sobre o amor, mas nada novo! Nem todos tem tempo e coragem para inovar, mas, para aqueles que tem, tenho uma ideia: Reinventem o AMOR! Um sentimento tão bonito, não pode ficar restrito a apenas alguns pensadores e especialistas na linguagem do amor. Todos temos a capacidade de demonstrar o amor de diversas formas, portanto, amem e compartilhem. Talvez seu amor seja exatamente igual ao de seu amigo ou colega, mas suas palavras são diferentes! Portanto, inspirem-se, mudem, reconstruam como quiserem, mas não deixem o nosso querido amor sentar no sofá todos os dias para assistir os mesmos programas, ler os mesmo livros e conversar com as mesmas pessoas, enfim, cair na rotina.
Guilherme Finelon

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